Arqueologia da Transição
Entre 29 e 1 de Maio a iDryas participou no II Congresso Internacional sobre Arqueologia de Transição: o mundo funerário, encontro organizado pela Universidade de Évora, que acolheu o evento.
No âmbito dos trabalhos de salvaguarda patrimonial desenvolvidos pelas empresas do grupo Dryas Octopetala foram apresentadas duas comunicações no II Congresso Internacional sobre Arqueologia de Transição: o mundo funerário.
O primeiro dos trabalhos, com o título “Da necrópole ao povoado de São Faraústo II (Oriola, Portel): novas perspectivas através de uma abordagem pluridisciplinar”, centrou-se na apresentação dos resultados obtidos através de várias técnicas e metodologias naquele arqueo-sítio romano, onde foram identificados vestígios de dois mausoléus e sepulturas dispersas. Os vestígios sepulcrais – formados pelos restos de deposições primárias em busta e secundárias em cinzeiros – e o conteúdo artefactual – garrafas, unguentários, taças, bilhas, malgas, pregos e uma colher – autoriza uma atribuição cronológica para o conjunto Alto-imperial, dado que contrasta com os resultados anteriormente obtidos para as áreas habitacionais e industriais de S. Faraústo, que situavam a ocupação do local nos sécs. III e IV. d.C., dados ora discutidos.
O segundo trabalho apresentado – “Novas ferramentas para questões antigas: o caso dos sepulcros colectivos de Monte do Carrascal 2 e Horta do João da Moura 1” – focalizou-se na apresentação dos resultados obtidos a partir da aplicação do protocolo de recuperação de vestígios osteoarqueológicos naqueles dois sepulcros colectivos. Tendo beneficiado de novos desenvolvimentos, resultantes em larga medida da introdução de novas tecnologias (como os sistemas de informação geográfica, os levantamentos de laser 3D e os sistemas de prospecção geofísica), os resultados ora obtidos nestes dois sítios demonstram o potencial informativo de um método sólido de exumação de séries osteológicas e das informações contextuais associadas, essenciais à leitura de sepulcros colectivos.