A inspeção geofísica, nomeadamente através da técnica de Georradar, permite identificar com grande precisão a presença de infraestruturas enterradas, resultando no mapeamento detalhado e na caracterização de todo o tipo de estruturas de uma forma rápida, económica, não intrusiva e segura.

O mesmo tipo de inspeção pode fazer-se nas paredes, igualmente para mapeamento e caracterização de infraestruturas, como redes elétricas ou de água, através de georradar de alta frequência.

A aplicação mais conhecida da Geofísica, nos seus mais variados métodos, é a deteção de objetos enterrados. Este objetivo pode alcançar-se com recurso a uma diversidade de métodos, dos quais o Georradar é o mais preciso.

Não obstante, a obtenção de melhores resultados implica necessariamente uma reflexão crítica acerca das vantagens e desvantagens de cada método para os objetivos de cada campanha de prospeção.

A Magnetometria, por exemplo, é particularmente indicada para a localização de corpos metálicos enterrados, massas minerais e antigas estruturas de combustão.

Através da utilização de Georradar e de Resistividade Elétrica é possível produzir um mapeamento de pormenor, identificando estruturas construídas enterradas no solo (muros, alinhamentos, etc.) com grande detalhe, permitindo uma otimização de recursos quando no planeamento das intervenções arqueológicas.

Usando a Magnetometria é possível mapear sítios arqueológicos em larga escala, permitindo uma intervenção localizada nas áreas de maior interesse. A localização de estruturas associadas a fornos, forjas e estruturas de combustão é particularmente eficaz através deste método.

Com recurso ao Georradar e a Resistividade Elétrica é possível identificar e cartografar com elevada precisão a presença de cavidades e vazios no solo.

Estas técnicas podem aplicar-se em estudos de Geologia, para deteção de cavidades cársicas, e também na procura e mapeamento de vazios de origem antrópica.

A utilização do método de georradar com antenas de alta frequência permite executar este tipo de inspeção também para cavidades de pequenas dimensões em estruturas construídas.

As inspeções geofísicas não-destrutivas permitem identificar tanto defeitos construtivos (ex.: malhas de aço mal dimensionadas, espaços vazios dentro de lajes ou heterogeneidades dos materiais no edificado), como patologias do edificado (fissuras, deslocamentos, perdas de massa, infiltrações, …).

A monitorização de estruturas tem como principal objetivo avaliar o comportamento estrutural ao longo do tempo, permitindo calcular deslocamentos físicos e a evolução dos elementos discretos de uma construção.

A Geologia e Estratigrafia são áreas clássicas da prospeção geofísica, com uma diversidade de métodos disponíveis, dos quais ressaltam as potencialidades do georradar de média e baixa frequência, a Magnetometria/Gradiometria, a Prospeção sísmica e a Resistividade elétrica.

De acordo com os objetivos do projeto, produz mapeamentos a diferentes escalas e níveis de precisão do substrato rochoso, elementos estruturais, da geometria da estratificação, de paleocanais e leitos rochosos.

A geofísica é particularmente adaptada à localização e cartografia de recursos minerais. Métodos sísmicos (sísmica de reflexão e de refração), Prospeção Magnética, Resistividade e Georadar permitem identificar, avaliar o volume e localizar tridimensionalmente as massas mineralizadas do subsolo.

A utilização destes recursos tecnológicos introduz enormes vantagens e rentabilidade na indústria mineira e extração de rochas ornamentais, tanto na fase de prospeção de jazidas como na fase de exploração operacional de minas e pedreiras.